Pretendo, despretensiosamente, divulgar aqui ideias, pensamentos, acontecimentos, imagens, músicas, vídeos e tudo aquilo que considere interessante, sem ferir susceptibilidades.

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quinta-feira, 25 de junho de 2015

O sonho que ficou dentro de mim

Sonhei com Vila Flor. Um sonho cheio de caras, corpos, imagens e cheiros intensos. Apesar de me lembrar de todos os pormenores e detalhes não sou capaz de o contar. Estou chateado. Triste, também. E não sei porquê. Por vezes fico assim e interrogo-me: porquê? Porque sou assim? Que animal é este que hiberna dentro de mim para, de tempos a tempos, acordar assim deste modo furioso? É um animal muito mau. Não um animal feroz senão... estaria, com certeza, preso ali para os lados de Évora. Mas é um bicho que abre feridas e rugas e espalha bocados de desespero por todo o lado. Sou palerma. Sei que o sou. Mas, enfim, hoje guardo Vila Flor só para mim, com as Capelinhas, com a Fonte Romana, com as cerejeiras e com tinta preta escrita no papel de guardanapo, da Esplanada do Alex, que vai riscando o papel e deixando sulcos profundos pelas letras que, crescendo, parecem fantasmas de árvores mortas. As minhas palavras tornam-se ininteligíveis e… o sonho ficou dentro de mim.