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sábado, 26 de outubro de 2013

De bancário a banqueiro…

Ou o exemplo oposto (dos muitos possíveis) ao que aqui deixei no último post.

Falemos então de Armando Vara, essa inextinguível figura do socratismo.
Da biografia de Vara pode extrair-se que nasceu em Lagarelhos, Vilar de Ossos, Vinhais, a 27 de Março de 1954.
Foi(!) administrador bancário e político. Estudou(?) Filosofia na Universidade Nova de Lisboa, tendo abandonado a universidade sem obter o diploma de licenciatura. Em 2004, antes de ter qualquer licenciatura, obteve (!!!) um diploma de Pós-Graduação em Gestão Empresarial no ISCTE. Mais tarde obteve o diploma de licenciatura no Curso de Relações Internacionais na agora defunta Universidade Independente, três dias antes da sua nomeação para a Administração da Caixa Geral de Depósitos.
Um mês e meio depois de ter abandonado a Caixa Geral de Depósitos para assumir a vice-presidência do Banco Comercial Português, foi promovido(!) no banco público ao escalão máximo de vencimento, o nível 18, o que terá reflexos para efeitos de reforma.
Actualmente recebe do estado (de todos nós… mesmo dos aposentados como eu) uma subvenção vitalícia mensal!!!

Pessoalmente, considero Armando Vara um dos casos paradigmáticos de maior sucesso do Governo de José Sócrates, que - pasme-se - conseguiu transformar um bancário local (Balcão da Caixa Geral de Depósitos de Mogadouro) num banqueiro de sucesso nacional.
Armando Vara que, no âmbito do processo Face Oculta, do qual é (ou foi) o principal arguido, garantiu que as únicas prendas que recebeu de Manuel Godinho foi um Pão-de-Ló e uma caixa de Robalos. Não consegue, no entanto - coitado - livrar-se da justiça que, noutro espaço de jurisdição, investiga de onde vieram os 800 mil euros da diferença entre os rendimentos auferidos e o dinheiro que entrou nas suas contas bancárias, em 2008 e 2009.
São 800 mil euros não declarados ao Estado que o podem levar a responder pelos crimes de fraude fiscal e branqueamento de capitais, na sequência de uma certidão já extraída do processo principal e cuja investigação foi entregue ao DIAP de Lisboa.

Entretanto, na imagem, Vara surge em pose contemplativa, quando ainda era dirigente do BCP.
No fundo, bem lá no fundo, Vara só está a olhar para mais um banco – a sua inquestionável especialidade. Neste caso, é o banco ou a cadeira em que se sentava... Bárbara Guimarães.

Armando, enfim, não passa de uma figura (um cromo) que ilustra bem o estilo dos políticos que têm desgovernado este País...

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