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domingo, 23 de dezembro de 2012

Almoço de Natal do grupo 5.com - Acta (I)

Crónica de Alexandre Ribeiro

Aos 13 dias do mês de dezembro de 2012 teve lugar mais uma reunião ordinária desta associação (ou teria sido uma reunião desta associação ordinária?! – já estou confuso e de vez em quando troco tudo).
À hora marcada (11 horas) o Bernardino e o Jorge já estavam à espera do Alexandre. Com o seu característico boné (de retalhos, como o chapéu de um pobre arrancado de um caixote do lixo) não há dúvidas de quem era o motorista. Daí seguiram para casa do Rogério e, sem mais perda de tempo – urgia chegar depressa ao destino – tomaram o caminho de Santo Ovídeo. A pressa era tanta que, por mais de uma vez, o Bernardino (ou será Zeferino?! – confirma-se que já troco tudo) teve de guinar à direita, perante os avisos avisados dos passageiros, pois queria seguir em frente.
Chegados à estação de metro havia que provisionar devidamente o andante, pois se fossem cheques estavam todos carecas.  
 Alguém sabe como é que se carrega o andante? Olha que pergunta parva! Claro que todos sabemos.
Claro que deu barraca: como eram precisam duas viagens – ida e volta – o custo era um euro e noventa. Era? Claro, mas só para quem sabe. Para quem não sabe fica por 2 euros e trinta.
Como? É mesmo assim. Perguntem a quem sabe, que eu pelas explicações levo 50 euros à horas (acho que este é o preço de tabela de um professor assim-assim, abaixo do ordenado de um reles economista).
Mas verdadeiro economista foi o Mota. Poupadinho, foi a pé de casa até à Trindade. Poupou 95 cêntimos do bilhete do metro e ainda aproveitou para escolher o bacalhau para o natal. Nós é que não fomos grandes amigos dele, porque se tivéssemos decidido ir de táxi ter-lhe-íamos permitido poupar pr’aí uns 5 euros (já dava para uma postinha de bacalhau). Mas no dia em que formos de helicóptero ele vai poupar pr’aí uns 5 mil. Sim, porque vai ter de ir a pé por não ter jogado no euromilhões. Mas a verdade é que com a técnica dele lá vai acumulando euro a euro e nós, com tanta falta de pontaria para os números do euromilhões, vamos ficando cada vez mais pobres. Mas que espere pela volta: no final quem se vai rir somos nós. Mas para já é ele que sorri ao ver o porquinho engordar. Para um infoexcluído não está mal.
 Saídos na Trindade, o primeiro destino foi a Loja do Dragão, em Sá da Bandeira, o que, em condições normais, causaria alguma azia ao amigo Bernardino. Mas ele já está tão habituado a estas comidas indigestas, que já nem lhe fazem cocegas no estômago. E por aqui me fico. Prometo que hoje não bato mais no ceguinho (isto não é sentido figurado).
Para abrir o apetite fomos matar saudades, passando pelo mercado do Bolhão, que de degradado só tem as instalações, porquanto as bancas estão cheias do bom e do melhor no que respeita a peixe, legumes e fruta. Passamos como cão em vinha vindimada, pois outras iguarias nos esperavam e o tempo urgia para não perdemos o lugar à mesa. Esta atitude veio a revelar-se muito asizada.
À saída o Alexandre e o Bernardino ficaram para trás e perderam-se do trio da frente. O que valeu foi o olho de lince do Bernardino e a careca luzidia do Rogério, a brilhar no meio da multidão, qual GPS com as coordenadas certas (desta vez) para nos indicar a localização dos 3 fugitivos.
Finalmente, chegámos ao destino: restaurante Antunes, na Rua do Bonjardim.
A escolha da ementa foi, como de costume, consensual: pernil assado, regado com um honesto tinto da Colina de Favaios, com o Jorge a pedir água, fazendo a exceção (ou será a regra?! – ainda não começámos a beber e já estou confuso).
O Mota aproveitou para fazer valer os seus conhecimentos e traduzi-los em vantagem para nós. Chamou o empregado e disse-lhe que era amigo do antigo dono da casa, o conhecido sr. Vale. Sem ouvirmos qualquer resposta do empregado ficamos a saber que era novo na casa, pois pela sua expressão facial viu-se claramente que o nome não lhe dizia rigorosamente nada. Agora admitem as pessoas sem lhes dar formação e sem transmitirem a história da empresa, e depois dá nisto.
(continua)

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